sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O PESO DE NOSSA RESPONSABILIDADE SOCIAL.

Em um mundo conturbado, cheio de injustiças sociais e violência, a igreja de Cristo precisa compreender qual é o seu papel. Nossa missão é qual? Nossa mensagem tem que relevância?
Muitas vezes vivemos e pregamos um cristianismo intimista, que não coloca os pés no chão, não confronta as mazelas e chagas, pois está mais preocupado em promover o culto do bem estar celestial do que contemplar o inferno terreno em que muitos vivem.
Nossa missão não é só para o paraíso, para a eternidade, é para aqui e agora. Os milhares de analfabetos, marginalizados, injustiçados deste mundo precisam de algo que lhes dê a esperança, mas também sacie a fome.
E não é só fome de pão não, é fome de dignidade, de respeito, de ser gente. É poder deixar de ser excluído, para sentir-se incluído. É fome de ser amado, compreendido e aceito. É fome de sentir que alguém se importa, se envolve.
O governo desenvolve um trabalho social baseado no assistencialismo. Conversando com o irmão Manoel França, aposentado que durante anos labutou no serviço público, na área social, ele me compartilhou uma experiência: “Saíamos ás ruas, recolhíamos o morador de rua, o encaminhávamos a um albergue. Lá ele cortava o cabelo, tomava banho, se arrumava todo, era alimentado. Depois era encaminhado à readaptação social, fazia um curso para dar-lhe uma oportunidade de emprego. Porém, geralmente, em poucos dias ele fugia, abandonava tudo, trocava a roupa pelos trapos, e voltava para a mesma sarjeta onde foi encontrado.” E de maneira sábia complementa: “Pastor, só quem realmente pode transformar a vida de miséria que essas pessoas vivem é a igreja, ao transmitir-lhes o verdadeiro amor de Jesus.”
Irmão, esta é a verdade: Quem pode mudar a realidade miserável em que muitos vivem é a igreja, pois a ela foi entregue a mensagem transformadora.
Mas para isso a igreja precisa começar a se importar. Se importar de tal forma que abra espaço dentro dela para receber os excluídos sociais. Se importar a ponto de ir aos morros e sarjetas para ministrar e ajudar.
Não adianta simplesmente se esconder atrás de um evangelho simplista, que serve apenas para nos justificar. Não adianta ter projetos assistencialistas, mas que não envolvem o coração do povo em um ardor verdadeiro e genuíno.
Talvez, se deixarmos Cristo moldar nossa consciência, olharemos os injustiçados sociais e compreenderemos o que seus olhos nos diz: “Eu não quero o seu pão, quero me sentar à sua mesa; Eu não quero sua roupa usada, eu quero sua companhia; eu não quero ser seu projeto social, eu quero ser seu irmão!”
E então poderemos perceber Cristo colocando a mão em nosso ombro e segredando-nos ao ouvido: “Toda vez que você fizer isto a qualquer destes pequeninos, terás feito por mim!”
Fraternalmente,

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A SUPREMACIA DO AMOR!

A maior característica que um cristão possui é o amor. Maior até que a fé e a esperança!
Este é o laço que nos une de maneira plena. Saber viver este amor é uma necessidade prática. Isto significa que não se trata apenas de uma declaração, um sentimento ou uma emoção, mas sim da essência de nosso ser. Devendo conduzir nossas atitudes, intenções e sentimentos, cativos ao desejo irresistível de satisfazer a este amor.
Este amor é centrado na pessoa de Cristo. Para vivermos este amor de maneira plena é necessário compreendermos o amor de Cristo para conosco. Estar diante do Calvário, contemplarmos a humilhação e sofrimento do Deus-Homem por nós. Ter uma idéia desta dimensão sacrificial é o que permite nos derramarmos na presença de Jesus em verdadeira submissão.
Também este amor deve ser refletido em nossas atitudes relacionais. Quando nos descobrimos alvo de um amor tão intenso, apesar de nossas imperfeições e falhas, isto abre, obrigatóriamente, nossa visão em relação às outras pessoas.
Não existe amor por Cristo que não se reflita em amar e aceitar o outro como ele é. Quem disser que ama a Deus, deve amar o seu próximo. Uma coisa não existe sem a outra.
Creio que é neste ponto que a coisa se complica, pois amar ao próximo significa também ter atitudes praticas em relação a ele.
Fomos chamados para investirmos na vida do outra compreensão, perdão, misericórdia. A plantarmos bondade, benignidade e compaixão. Esta responsabilidade é mútua. Isto implica que ninguém pode ficar sentado, passivo, querendo ser apenas mero receptáculo deste amor. Ele exige que cada um se empenhe em vivê-lo. Em colocá-lo em prática.
Quando estivermos conscientes desta necessidade, não haverá mais mágoa, rancor, maledicência ou ciúmes, pois o amor norteará nossa percepção e reação acerca do outro.
Conseguiremos romper os preconceitos e julgamentos, pois o amor será o aferidor de atitudes. Minimizaremos os conflitos, brigas e traumas, pois o amor nos ajudará a entender, perdoar e esquecer as ofensas e os conflitos. Cuidaremos melhor uns dos outros e no envolveremos mais e ninguém se sentirá excluído.
Quando isto se tornar realidade poderemos investir nosso tempo mais em buscar o perdido, ensinar a palavra e proclamar a salvação, do que resolver conflitos entre irmãos.
Anseio por este dia, embora saiba que ele só chegará através de um compromisso pessoal e particular de cada um.
Até lá, que o Senhor nos continue tendo paciência e compaixão para conosco, por ainda não sermos o que Ele planejou para nós.
De quem está plenamente convicto de que também precisa se aperfeiçoar na arte de amar ao próximo,

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